sábado, 19 de agosto de 2023

A ordenação do efêmero.

O dinheiro aplicado no projeto cultural deixou de sê-lo em outra parte. Deixou de saciar a voracidade da máquina do estado e a ganância capitalista. Deixou também, e isso é inevitável, de ser aplicado em alimentação, em saúde, em outros segmentos prioritários. De forma que são injustificáveis melindres em se comercializar, em se obter dinheiro, desde que legalmente, para o projeto e com o projeto. Ou bem o projeto cultural vale o que custa socialmente e, neste caso, de uma forma ou de outra, a sociedade pagará por ele, ou, então, nada o justificará.

Os projetos existem porque existe o risco, o desconhecimento do futuro. Se assim não fosse, seriam absolutamente desnecessários. Os projetos nada mais são do que uma tentativa de superar essa incerteza. Quanto melhor se definir o projeto, a duração e os recursos do projeto, menor será o risco envolvido.

A nenhum administrador, a nenhum burocrata pode-se pedir que esteja apto a fazer um julgamento do valor do escopo de um projeto cultural. Essa avaliação é própria do campo da política cultural (se e quando há uma política cultural). O que o setor cultural tem de peculiar é que seus benefícios são incomensuráveis, no bom e no mau sentido. Não se sabe, não se pode saber o valor de um achado arqueológico, de uma técnica de artesanato documentada, de uma forma de pensar e de ser, nova ou exótica, trazida ao nosso conhecimento. Mesmo porque podem não significar nada, podem não ter a menor importância.

A incidência de instituições sem base real de operações e de pessoas intelectualmente brilhantes mas sem a mínima condição gerencial é particularmente notável no campo da administração da cultura. Mais do que o dinheiro a fundo perdido, o que afasta os financiadores, os investidores em cultura, é o disparate, o descompromisso com resultados, com qualquer resultado.

Quem investe em cultura, seja uma empresa, um particular, o Estado ou uma associação, costuma (e com todo o direito) querer ter conhecimento sobre em que e em quem está investindo. O Estado, sujeito que é a pressões políticas, ideológicas e à dissolução de responsabilidades, foi – tem sido – o grande incentivador do voluntarismo desorientado em administração cultural.

Extraído do livro: Projetos Culturais – Técnicas de modelagem (Hermano Roberto Thiry-Cherques).

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Eleições 2020

Estamos a alguns meses das próximas eleições municipais que decidirão os mandatários para os próximos 4 anos (2021 -2024) dos 5.568 municípios brasileiros. Hoje qualquer agrupamento de 5 mil pessoas, ou menos, se emancipa e sobrevive os seus primeiros 5 anos do Fundo dos Municípios, para criar a sua Câmara de Vereadores e toda a burocracia que uma cidade necessita para se enquadrar na lei.

Depois disso, começa um círculo vicioso de empréstimos para esse mesmo município, que antes era praticamente um bairro, conseguir manter seus servidores públicos e vereadores, e se possível, o que é muito difícil, fazer alguma obra que justifique a emancipação.

Segue um exemplo prático: 


Link com a matéria completa:




Todo servidor público, além de passar num concurso público, tem de cumprir as exigências do edital do concurso para o qual se inscreveu. Ter a formação requerida, carteiras de motorista, nos cargos que são exigidos, registro em conselhos de classe, que agora parece não ser mais obrigatório, e outros documentos específicos para cada cargo.

Mas e os vereadores, chefes do executivo, e cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão? Quais são as exigências para ocupar esses cargos? Praticamente nenhuma, haja vista que o segundo grau completo é uma necessidade básica hoje em dia. Alguns desses cargos exigem que sejam ocupados por servidor concursado, mas a maioria não.

Por um acaso alguém já esqueceu do caso emblemático do Deputado Federal Tiririca? Até hoje não sabemos se ele foi alfabetizado de fato, mas que foi o Deputado Federal mais votado das eleições de 2010. Reeleito em 2014 e em 2018. A Justiça Eleitoral só considera inelegível os analfabetos absolutos, os funcionais podem concorrer de boa. Nesse quesito o palhaço Tiririca conseguiu enrolar na prova, e a Justiça eleitoral o considerou apto para o cargo.

Para demonstrar o total descaso da classe política com a educação brasileira, no seu primeiro mandato Tiririca foi nomeado para a comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. 

Faço essa introdução para chegar ao assunto de um projeto de lei de iniciativa popular pedindo a redução de salários do prefeito, vice, vereadores e secretários municipais, no caso específico, do município de Horizontina, onde moro desde 18 de julho de 2013.

Surgiram alguns comentários, o primeiro deles é que é uma redução radical. Eu como servidor público concursado desde 22 de julho de 2013, aprendi que se eu precisar comprar um material em quantidade “x”, eu preciso pedir 2 “x”, dependendo às vezes, até 3 “x”, para receber “x”. E em relação a marca e qualidade do material, vou ter de estar no dia da entrega no local de trabalho para já na hora conferir se é exatamente o que eu pedi, do contrário dificilmente vou conseguir trocar o que foi recebido, geralmente de pior qualidade com preço de material de boa qualidade.

A estratégia que está sendo usada nesse projeto é a mesma. Estamos pedindo a redução do salário para menos da metade, para ver se reduzem pelo menos 40%.

A mas o prefeito vai ganhar menos que um servidor de carreira. Sim, e daí? Alguém é obrigado a ser prefeito? Se candidata quem quer, e quem acha que tem competência para gestão pública. Assim como para vereador. É exigido para algum candidato possuir formação em Gestão Pública, ou Escola de Administração Pública? Claro que não! Se fosse provavelmente não teríamos candidatos, mas para ser servidor público é necessário ter alguma formação e ainda assim passar por um concurso, e dependendo dos casos ser chamado, e na hora da posse não ser reprovado no exame admissional ou ter sua certidão de antecedentes criminais manchada com alguma bobagem do passado.

Sem falar na questão do aprovado no concurso não ter nenhuma relação com a gestão, o que dificulta ainda mais a vontade em nomear o estranho a coligação política ocupante do paço.

Alguns salários de prefeito e vice, de municípios da região e de SC, com população parecida com a de Horizontina. Clique na imagem para ampliar.










Município de Schroeder, em SC, próximo a Jaraguá do Sul, que possui aproximadamente 20 mil habitantes, o prefeito ganha mais que o prefeito de Jaraguá do Sul, cidade com mais de 170 mil habitantes.




Três de Maio, município vizinho a Horizontina, com aproximadamente 35 mil habitantes.



Em Horizontina.







Com essas informações fica claro a diferença exorbitante do salário bruto de prefeito e vice de Horizontina,  para outros municípios com mais ou menos habitantes.

Quero deixar claro que não tenho nada contra os ocupantes do Paço de Horizontina. Não sou filiado a algum partido político. 

O que quero apresentar com esse texto é a necessidade para essa reflexão: por quanto tempo o município, o estado e o país vão aguentar essas discrepâncias salariais nos cargos públicos? E não estou me referindo apenas aos cargos municipais. Sabemos que os cargos públicos federais são os mais cobiçados, devido as suas remunerações muito acima do teto estadual e municipal.

Da parte da maioria dos servidores o que vejo é a esperança de repassar essa diferença no salário dos cargos eletivos para os cargos efetivos. O que também não é o objetivo desse texto. É interessante perceber que muitos colegas pensam apenas no próprio bolso e esquecem da comunidade. Será que é interessante eu ganhar 5 ou 6 mil por mês e morar numa rua sem calçamento, sem esgoto, sem saneamento básico, mas bajular uma gestão por causa de um aumento salarial?

É necessário Câmara de Vereadores para municípios com menos de 25 mil habitantes? Pra mim não, e essa é minha opinião. Acho que um Associação de Moradores tem muito mais participação dos munícipes do que uma Câmara de Vereadores, que só vejo com bastante público nas sessões de homenagens a entidades ou na votação do dissídio salarial dos servidores concursados.

Vale lembrar que muitos vereadores foram presidente de associação de moradores, que ultimamente servem de trampolim para a vida política. A associação faz a sua assembleia, define suas prioridades e necessidades e protocola na Prefeitura para o Prefeito e ele decide o que o orçamento permite fazer. Simples não? E muito mais barato.

Como um município com aproximadamente 5 mil habitantes vai conseguir manter uma Câmara com 9 vereadores? Sim o mínimo são 9 vereadores. Sem falar nos demais cargos efetivos necessários para manter uma Câmara em funcionamento. 



Serra da Saudade, em Minas Gerais possui aproximadamente 781 habitantes. Borá em São Paulo, 831 habitantes e Araguainha no Mato Grosso, 935 habitantes. Como esses municípios sobrevivem?

É necessário uma reforma na administração pública? Sim. Quando vai acontecer? Não faço a mínima ideia, mas devemos estar preparados e não custa nada começar a passar essa ideia adiante, não depender apenas do meio político para sermos ouvidos.

Quatros anos atrás também começaram e não deu em nada, sempre em ano de eleição fazem isso. Sim, porque os atuais vereadores é que vão votar o salário dos próximos. Então essa é a hora. Quem vai se candidatar apenas pelo salário já não vai mais achar o cargo tão atrativo.

Qualquer um que se habilite a propor tal ação já é visto com pretensões políticas. É o tal do pensamento binário, se não está a favor, está contra, quer tirar do nosso salário porque tem inveja do nosso cargo. Capaz! Nos municípios com menos de 30 mil habitantes, se os servidores concursados de fato fiscalizassem as prefeituras, não haveria a necessidade de vereadores. É a minha opinião.

Uma vez um colega, também servidor, falou que deixava as luzes do local de trabalho acesas o dia todo para o Prefeito pagar. Para mim isso seria passível de exoneração, pois além de desperdício de dinheiro público, demonstra falta de conhecimento da administração pública e do Regime Jurídico ao qual está subordinado. É a minha opinião.

Infelizmente existem muitos servidores com esse tipo de pensamento. Trabalhar contra a gestão porque não foi em quem ele votou. O interessante é que não há o pensamento de Prefeitura, de comunidade, mas sim o pensamento do interesse pessoal, do que é melhor para mim agora. De talvez ganhar uma função gratificada.

A mesma coisa acontece quando o gestor assume um cargo de primeiro escalão e na primeira reunião de equipe deixa bem claro que quem falar mal do prefeito estará falando mal dele e já estará automaticamente contra ele, tipo, “falou mal do Fulano falou mal de mim”. Literalmente, foda-se a Prefeitura, o importante é a gestão sair bem na foto, nem que para isso quebremos economicamente o município a longo prazo.

O engraçado é o gestor que na gestão passada era oposição e que quando vira situação não sabe lidar com as denúncias e cobranças em relação ao  cargo que ocupa, ou seja, só era um opositor, nada mais. Não fez questão de se preparar para o cargo que ocupa.

O mínimo  que a gente espera de um cidadão, independente dele estar no serviço público ou não, é que ele saiba qual o seu papel na sociedade e da onde vem o dinheiro que ele recebe.

Segue uma tabela mostrando da onde vem os salários dos servidores públicos municipais.


Outra, escolhi ser músico por vocação, é o que me faz feliz. Desde quando esbocei essa ideia sempre ouvi comentários do tipo: Acha que vai conseguir viver de música? Vai morrer de fome! Vai virar drogado! Porra loca! Segui em frente e hoje faço parte da minoria que consegue viver exclusivamente de música. Agora alguém diz para um político em tom irônico se ele vai viver só de política? Poucos. Ou que vai viver sendo vereador? Ou secretário municipal? Não, e se disser os ocupantes do cargo irão se sentir ofendidinhos. Já pararam para pensar o porquê disso?

Não é por ser estável no serviço público que eu sou obrigado a ficar nele até morrer. Ouço muitos colegas reclamarem do salário e algumas vezes comento: O que te segura na Prefeitura? Há dez anos atrás eu com curso superior em música trabalhava numa fábrica, ouvia piadinhas dos colegas a respeito da minha situação, e ganhava um salário mínimo. 

Num belo dia me dei conta que podia ganhar mais se estudasse para um concurso público, foquei novamente nos estudos, cansei de passar Natal e Ano Novo estudando, já que a maioria dos concursos ocorre nos primeiros meses do ano, e hoje aqui estou.

Enfim, os 7 anos de serviço público me ensinaram que existem quatro tipos de servidores públicos:


CARREIRA: São os servidores que “carregam o piano” geralmente sem o mínimo de estrutura para conseguir o melhor do seu trabalho carregando o ônus das más administrações.

COSTAS QUENTES: São servidores que possuem uma “rede de ligações” política/social com pessoas que possuem alguma influência de decisão interna/externa sobre indicações a que os garantem em cargos gratificados (geralmente em desvio de funções).

DEUSES: São os servidores que possuem forte ligação política com a coligação vencedora eleitoral e são indicados a cargos no 1°/2°/3° escalões e não se acham deuses no cargo. Eles têm certeza que são (nessas situações em que acontecem os famosos “feudos” dentro da Prefeitura).

ESTRANHOS: São os apoiadores de campanha eleitoral que são agraciados com cargos na Prefeitura. Os famosos “estranhos ao quadro” que não possuindo qualquer compromisso com a função, seus únicos trabalhos são “fingir” trabalhar e receber o salário no final do mês.

Falam que a corrupção vem de Brasília, mas esquecem que ela começa dentro da própria casa. Todos que chegam na capital federal começaram sua vida política num município. Logo a corrupção foi para Brasília e não o contrário. É muito fácil culpar os abstratos coletivos, servidores, administradores, políticos, e por aí vai. Tenho um colega que sempre fala que todos os políticos são corruptos, ela só esquece que pela postura dela no cargo ela também é corrupta, não sabe, e fica apontando os outros. 

Não tenho pretensões políticas. Não acho que por eu ser um bom servidor público municipal (7 anos sem faltas e sem atestados), eu possa ser um bom vereador, ou diretor de alguma coisa, muito menos secretário municipal. Nem que eu precise concorrer a um cargo eletivo para ter de pedir essa redução salarial.

Portanto, antes do dia 15 de novembro, assinando o projeto de lei de inciativa popular, temos uma oportunidade de mostrar que não estamos mais concordando com esse tipo de política, de exigir uma mudança de postura, não só dos políticos mas da população em si, de cobrar por qualidade não quantidade e muitos menos por cargos.

Que os candidatos ao Paço municipal apresentem já nos seus programas de governo, os futuros secretários e diretores, e os cargos comissionados que não serão ocupados, pois não há necessidade de preencher todos, para que a coligação ou o partido não se torne um cavalo de Tróia, mantendo pessoas de governos anteriores por causa de favores prestados e não pela capacidade técnica.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Banda Marcial Marista São Luís de Jaraguá do Sul - SC, a história.


A história da Banda Marcial começa com a Fanfarra do Colégio Marista São Luís, que por alguns anos se apresentou com um uniforme amarelo e azul, e depois com o uniforme tradicional usado pelos alunos do colégio (marrom), da década de 90. 








Essa formação era muito utilizada para os desfiles de 07 de setembro e para apresentações internas em datas comemorativas, principalmente a semana de jogos esportivos entre os alunos, na época chamada de Semana Champagnat (referência a São Marcelino Champagnat, fundador da Congregação dos Irmãos Maristas).



A Fanfarra existiu até o ano de 1993, sendo que a partir de março de 1994 ela se tornou a Banda Marcial Marista São Luís, fundada pelo então diretor do Colégio, Irmão Adílson Suhr.



Fotos: Arquivos do Colégio Marista São Luís, via e-mail.



Desfile de 07 de setembro de 1995, já como Banda Marcial, e com o novo uniforme alviverde com detalhes dourados.




Fotos: Neto Pacheco, via Facebook.


Em março do ano de 1996, a banda direciona as suas atividades para a realização de apresentações não só nas atividades internas do Colégio, como também pelo município de Jaraguá do Sul, e principalmente em Festivais e Concursos de Bandas Marciais.




Abertura da Feira Científico Cultural do ano de 1996. Fotos: Arquivos do Colégio Marista São Luís, via e-mail.


No desfile de 07 de setembro de 1996, a Banda usou um uniforme alternativo. Uma camisa branca personalizada com o nome da Banda e com a logomarca da Congregação Marista na cor preta, uma calça jeans e um boné azul, também com o logo Marista em branco, foi utilizado pelos mais de 60 componentes.

 A intensidade dos ensaios e a dedicação dos integrantes na época culminou, nesse mesmo ano, com a premiação de campeã na categoria sênior e campeã geral do Concurso Estadual de Bandas e Fanfarras de Santa Catarina de 1996, já na sua primeira participação. Para esse evento a banda adquiriu quepes, sapatos e cintos novos.

O Concurso ocorreu na cidade de Blumenau, no ginásio do Colégio Dom Pedro II, no dia 28 de setembro. Repertório: Brasília (entrada), Novena Rapsódia, Jesus Christ Super Star e Canção da Infantaria (saída).



Vídeo VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.

Logo após a conquista foi realizado nas dependências do Colégio um curso de reciclagem para maestros e regentes, ministrado pelo Maestro Gabriel Ferreira dos Santos, começa ali uma profícua amizade entre maestro e banda.

Como campeã estadual de SC, a corporação foi convidada para participar do desfile de abertura da Oktoberfest, realizada em Blumenau - SC.


Ainda no primeiro ano como Banda Marcial, aconteceu o primeiro Auto de Natal do Colégio Marista São Luís, encenado em frente a tradicional fachada do Colégio.





Fotos: Arquivos do Colégio Marista São Luís, via e-mail.




Vídeo VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.


E também participou de um Auto de Natal coletivo, realizado no interior da Igreja Matriz São Sebastião, junto com a Fanfarra da Escola Municipal Albano Kanzler, e as bandas do SESI, do Colégio Divina Providência, do Colégio Evangélico Jaraguá.




Vídeo VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.


No ano seguinte, 1997, a Banda Marcial participa do seu primeiro Festival de Bandas e Fanfarras, ocorrido no dia 03 de maio, na cidade de Palhoça - SC.



Vídeo VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.


Nesse ano começam a ser ministradas aulas de teoria musical,  individual de instrumento e ensaios de naipe.



Foto da primeira aula de teoria musical de 1997. Caderno de José Mário Morotti, arquivo pessoal, via Facebook.



Comemoração de 100 anos da presença dos Irmãos Maristas no Brasil, ano 1997. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.



Comemoração de 100 anos da presença dos Irmãos Maristas no Brasil, ano 1997. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.



Abertura da Semana Champagnat, provavelmente do ano de 1997.


No dia 24 de agosto de 1997, vai ao Paraná pela primeira vez, participar do Concurso de Bandas e Fanfarras cidade de Tibagi, sagrando-se campeã na categoria sênior e campeã geral do concurso. 



 Local do almoço em Tibagi - PR. Provavelmente um CTG. Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.



Vídeo VHS: Julinor Sampaio, arquivo pessoal.


Repertório: Aviação Embarcada (Entrada), De volta para o futuro, Montanha Majestosa e Officer of the day march (Saída). Repertório que também seria apresentado no Campeonato Estadual de SC daquele ano.

Participa pela segunda vez do Concurso Estadual de Bandas e Fanfarras de SC, dessa vez realizado na cidade de Ibirama, no dia 26 de outubro de 1997, sagrando-se mais uma vez campeã na categoria sênior e campeã geral do concurso. 




Corpo Coreográfico da Banda, durante a apresentação no Concurso Estadual de SC de 1997. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.



Após a apresentação aguardando o resultado. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís, via e-mail.


 Com o troféu de campeã Estadual de 1997. Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.



Realiza pela segunda vez, no dia 05 de dezembro de 1997, o Auto de Natal em frente ao Colégio.



Auto de Natal de 1997. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís, via e-mail.



Auto de Natal de 1997. Vídeo VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.


O ano de 1998 foi de muitas atividades. No dia 03 de maio, participa pela segunda vez do Festival de Bandas e Fanfarras, na cidade de Palhoça - SC. Agora com um repertório mais desafiador: The Crusader’s march (entrada), Interplay for band, John Williams in Concert, Flashdance, Copacabana.



Vídeo VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.


Pela primeira e única vez, em 15 de agosto de 1998, a Banda participou do tradicional Concurso de Bandas e Fanfarras realizado na cidade de Itaquaquecetuba - SP. Ficou com o sexto lugar na categoria sênior, concorrendo com as Bandas João XXIII - SP, Progresso - SP, Lyra de Mauá - SP, Noé Azevedo - SP e Novo Ateneu de Curitiba - PR. 

Repertório: Officer of the Day March (Entrada), Montanha Majestosa, Expressões em Música e The Crusader´s March (Saída).




 Algumas componentes do corpo coregográfico conhecendo a cidade de Itaquaquecetuba. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.


Alguns componentes conhecendo a cidade de Itaquaquecetuba. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.


No dia 17 de agosto, após voltar do concurso de Itaquaquecetuba - SP, a Banda acompanhou o então candidato a governador do estado, Esperidião Amin, em sua carreata. Ele foi eleito em primeiro turno com quase 59% dos votos válidos.


Foto: Eder Rodrigo Witkowsky, arquivo pessoal.


Desfile de 07 de setembro de 1998.

Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Douglas Gutjahr, via Facebook


 Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.

 Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.

Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook. 

 Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.


 Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.


Desfile de 07 de setembro, provavelmente 1998. Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.


Nesse ano o Concurso Estadual de Bandas e Fanfarras de Santa Catarina, foi realizado em Jaraguá do Sul, no mês de setembro, no ginásio do SESI. 

A Banda conquista novamente o primeiro lugar na categoria sênior e geral. Repertório: Souza Espetacular (Entrada), Montanha Majestosa, Expressions in Music e Officer of the day march (Saída).


Apresentação da Banda durante o Concurso Estadual de SC, em 1998. Foto: Douglas Gutjahr, via Facebook



Vídeo VHS: Julinor Sampaio, arquivo pessoal.

Ainda em 1998, a banda volta ao estado do Paraná, dessa vez para disputar o Concurso de Bandas da cidade de Matinhos, onde conquista o segundo lugar na categoria sênior. Repertório (a confirmar): Souza Espetacular (entrada), César e Cleópatra, Expressões em Música e Officer of the Day March (Saída). 

Ocorre também uma colaboração de alguns componentes da Banda com a Banda Marcial do Colégio Túlio de França, de União da Vitória-PR, no Concurso da União Cívica, numa manhã fria de domingo, na cidade de Curitiba-PR.



Naipe de trombones da Banda Marcial do Colégio Túlio de França. Acervo pessoal: Robson José Castilho Gregório, via Facebook.

A banda toca pela primeira e única vez na cidade de Concórdia - SC, para um desfile.

No mês de dezembro é concretizada a gravação de um CD, ao vivo, durante a madrugada, nas dependências da antiga danceteria Eleven (antigo Banrisul).

O maestro Gabriel Ferreira Santos também participou da gravação.


Mesa de som utilizada para a gravação do primeiro e único CD da Banda Marcial Marista São Luís. Foto: José Mário Morotti, arquivo pessoal, via Facebook.


O ano de 1999 ficou marcado pelo lançamento do CD, gravado no ano anterior, o que veio a ocorrer somente no segundo semestre.












Parte gráfica do CD. Fotos: André Wolf, arquivo pessoal, via Google Drive.


Áudio do CD: André Wolf, arquivo pessoal, via Google Drive.


Em 3 de julho de 1999, foi realizado um Concerto nas dependências do ginásio do Colégio Marista São Luís. O maestro Gabriel Ferreira Santos foi novamente convidado para reger algumas obras e anunciado como maestro emérito da Banda. 







 Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


 Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


 Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


 Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


 Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


O canal 21 da NET Jaraguá filmou e incluiu o concerto na íntegra em sua programação.


Video DVD: Abimael Barboza de Oliveira, arquivo pessoal.


No dia 27 de setembro de 1999 participou pela última vez do Concurso Estadual de Bandas e Fanfarras de SC, realizado na cidade de Itapema. Obteve a segunda colocação na categoria sênior e geral.


Ônibus masculino em direção a Itapema-SC. Foto: Robson José Castilho Gregório, arquivo pessoal, via Facebook.



Apresentação durante o Concurso Estadual de SC de 1999. Foto: Robson José Castilho Gregório, arquivo pessoal, via Facebook.


Apresentação durante o Concurso Estadual de SC de 1999. Foto: Robson José Castilho Gregório, arquivo pessoal, via Facebook.

 Apresentação durante o Concurso Estadual de SC de 1999. Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.


 Foto: Ramon Thiago. Arquivo pessoal, via Facebook.


Foto: Ricardo Juliano Rudnick. Arquivo pessoal, via Facebook.


Vídeo VHS: Julinor Sampaio, arquivo pessoal.




Repertório: YMCA (Village People) entrada, Les Miserábles, Nabuco Overture e Macho Man (Village People) saída.


No ano 2000 as atividades da Banda diminuem drasticamente, devido a mudanças na direção da Banda e do Colégio. Muitos componentes precisaram deixar o corpo musical e coreográfico por motivos profissionais, ficando a Banda alguns meses desativada.


 Banda Marcial Marista São Luís no ano 2000, após um desfile noturno. A confirmar. Foto: Carlos Eggert Jr., arquivo pessoal, via e-mail.



Desfile noturno em Jaraguá do Sul, no ano 2000. A confirmar. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.


Desfile de 07 de setembro do ano 2000. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís. 


Auto de Natal do ano 2000. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.


Auto de Natal do ano 2000. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.


Video VHS: José Mário Morotti e Telma Morotti, arquivo pessoal.


O ano de 2001 foi o último ano de atividade da banda. O Colégio contratou novos professores, que eram velhos conhecidos dos componentes e os mesmos renovaram o corpo musical e coreográfico para as apresentações de praxe.


   Apresentação interna no ano de 2001. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.


  Abertura da Olichamp (Semana Champagnat) do ano 2001. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.



 Desfile de 07 de setembro de 2001. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.


A foto a seguir provavelmente é a última da Banda, ocorrida no desfile de 07 de setembro do ano de 2001.


 Desfile de 07 de setembro de 2001. Foto: Arquivos do Colégio Marista São Luís.


Em fevereiro de 2002, o diretor do Colégio, Irmão Délcio Balestrin, demitiu os funcionários responsáveis pela banda e vendeu todos os instrumentos e uniformes. Um dos instrumentos, o bombo sinfônico, foi comprado pela SCAR de Jaraguá do Sul e é usado periodicamente pela Orquestra Filarmônica e durante a realização do FEMUSC.

Motivo: Redução de gastos.


Algumas fotos de componentes que passaram pela banda.

Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.


 Foto: Débora Diógenes, arquivo pessoal, via Facebook.



 Foto: Ramon Thiago. Arquivo pessoal, via Facebook.


Foto: Ricardo Juliano Rudnick. Arquivo pessoal, via Facebook.

Gostaria de agradecer imensamente todas as pessoas creditadas, pelas fotos, vídeos e informações prestadas para a concretização desse texto.

Em especial ao José Mário Morotti e sua esposa Telma Morotti pela preservação dos vídeos raríssimos que foram agora postados para a eternidade, Abimael Barboza Oliveira pela qualidade do vídeo do primeiro e único concerto da Banda e também, ao Julinor Souza Sampaio, por ceder seu acervo pessoal de bandas e fanfarras para  digitalização e permitir o envio para o Youtube para que toda aquela geração de músicos que tocaram em bandas nos anos 1990 e início dos anos 2000, possa relembrar essa época de ouro da música marcial catarinense.

Convido outros ex-componentes de corporações musicais da mesma época do Marista de Jaraguá do Sul, como também chegou a ser conhecido, que façam o mesmo com suas bandas. Fanfarra do Albano Kanzler, Banda Marcial do Colégio Divina Providência, Fundação Musical Jangada, Banda Musical do SESI, Banda Musical do Colégio Evangélico Jaraguá e porque não da Banda Marcial do Colégio Santos Anjos de Porto União, a realizarem também um trabalho de preservação de memória dessas bandas.

Alguns vídeos dessas corporações estão disponíveis no meu canal no Youtube.




Quem sabe essa postagem pode ser um incentivo para o início dos trabalhos.


Este é um trabalho de preservação de memória. Se você foi componente da banda e possui alguma foto ou vídeo por favor entre em contato pelos comentários, ou e-mail eder_percussao@hotmail.com